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Uma audiência pública que deveria servir para esclarecer e debater o futuro da saúde em Ubatuba terminou marcada por um episódio lamentável de desrespeito e desequilíbrio emocional. O vereador Rogério Frediani (PL) protagonizou uma cena de grosseria e despreparo ao chamar uma moradora de “cachorra” e mandar que ela calasse a boca, após ser interrompido durante sua fala na noite de quinta-feira (25).
O encontro tinha como objetivo discutir um empréstimo milionário de R$ 170 milhões que a Prefeitura pretende firmar com a Caixa Econômica Federal — sendo R$ 120 milhões destinados à construção de um hospital municipal e outros R$ 50 milhões para obras de pavimentação.
Durante a transmissão oficial da Câmara, é possível ver o momento em que o vereador perde a compostura. Irritado com uma intervenção da plateia, Frediani dispara:
“Ô, minha filha, senta aí, fica quieta. Você já latiu muito. Ah, cala a boca.”
A declaração gerou constrangimento entre os presentes e obrigou o presidente da Câmara, Gady Gonzales, a intervir imediatamente, pedindo respeito tanto ao público quanto ao parlamentar:
“Cala a boca é demais, Rogério. Por gentileza, respeite o público também.”
Apesar do episódio, a sessão seguiu por mais de quatro horas — um retrato de que o debate sobre um tema tão relevante acabou ofuscado por uma postura incompatível com o cargo de um representante do povo.
Ao ser procurado pela imprensa, Frediani não demonstrou arrependimento. Por telefone, afirmou que “discussões fazem parte” e classificou o ocorrido como “normal”. Disse ainda que não pretende se retratar nem apresentar queixa contra a moradora, e que, se ela decidir representá-lo, “faz parte”.
O caso repercutiu negativamente entre moradores e nas redes sociais, que cobraram postura ética e respeito ao cidadão — algo que deveria ser o mínimo esperado de quem ocupa uma cadeira no Legislativo.
A Câmara Municipal e a Prefeitura de Ubatuba foram procuradas pela reportagem da Jambeiro FM, mas não se manifestaram até o fechamento desta edição.
👉 Um episódio que escancara a falta de preparo emocional e político de alguns representantes, justamente em um momento em que o diálogo e o respeito deveriam ser prioridade.