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A antiga queridinha do Litoral Norte paulista parece estar ficando para trás no roteiro de férias de milhares de turistas. Com reclamações crescentes sobre altos preços, cobranças abusivas como a taxa ambiental, falta de infraestrutura e regras excessivamente restritivas nas praias, Ubatuba vem se tornando um destino cada vez menos atrativo.
Quem costumava encher hotéis e pousadas da cidade agora opta por outras opções na região, como Paraty e Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio, ou mesmo cidades vizinhas como Caraguatatuba, que, segundo comerciantes locais, teve um aumento significativo de visitantes vindos do interior de São Paulo nesta última temporada.
O sentimento geral entre turistas é que Ubatuba se tornou uma cidade “chata” para quem busca descanso e lazer à beira-mar. As críticas vão desde a falta de acolhimento até a impressão de que o município trata o visitante como um problema — e não como parte essencial da economia local.
Além da taxa ambiental, que para muitos pesa injustamente no bolso, outras medidas vêm sendo mal recebidas, como a possível proibição de tendas nas praias. As novas regras vêm sendo vistas como uma tentativa de controle que sufoca o turismo espontâneo e familiar, afastando justamente aqueles que mais movimentam o comércio, os serviços e a cultura local.
Enquanto Ubatuba impõe restrições, cidades concorrentes seguem em sentido oposto: flexibilizam, investem em infraestrutura e buscam melhorar a experiência do visitante. O resultado é visível nos números e no movimento das estradas — muitos já mudaram de rota.
Especialistas e moradores preocupados alertam que, se o município não repensar sua política de turismo, corre o risco de comprometer uma de suas maiores fontes de renda. Afinal, em uma região com tantas belezas naturais, o que faz a diferença entre o sucesso e o abandono é o tratamento que se dá a quem chega.