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A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) foi autorizada a retirar mais água do rio Paraíba do Sul para abastecer as represas da Grande São Paulo.
A transposição de água para o Sistema Cantareira foi autorizada em caráter excepcional pela ANA (Agência Nacional de Águas) na semana passada.
A retirada havia sido proibida em 3 de setembro, depois que a companhia bombeou para o Sistema Cantareira os 162 milhões de metros cúbicos que estavam autorizados. Outro bombeamento só deveria ocorrer em 2022.
A interligação dos sistemas através de bombeamento foi adotada após a crise hídrica de 2014, quando o nível do Cantareira baixou ao ponto que teve que usar o “volume morto” suprir o consumo da região metropolitana.
A autorização para retirar água do Rio Paraíba do Sul é dada quando o Sistema de reservatórios do Cantareira passa a operar com menos de 30% do volume útil. Na última sexta, a capacidade operacional estava em 28,2%.
Com a nova autorização, a água será retirada do reservatório Jaguari, em Jacareí do Rio Paraíba, e repassada para a represa de Atibainha, em Nazaré Paulista, pertencente ao Sistema Cantareira. O início da transposição ainda será definido pelos órgãos envolvidos. A medida vale até 31 de dezembro. A transposição foi pedida pela Sabesp.
Responsável pelo abastecimento de cerca de 8 milhões de habitantes de cidades da Grande São Paulo, a Sabesp reduziu a pressão da água injetada no sistema de abastecimento para reduzir o consumo e evitar desperdícios.
O Rio Paraíba do Sul é um rio interestadual, que abastece também municípios fluminenses bem como a Região Meteropolitana do Rio de Janeiro e também cidades de Minas Gerais, e a tal medida teve a anuência do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro e do Instituto Mineiro de Gestão de Águas.
Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, esteve na assinatura do comunicado conjunto. Na ocasião, o diretor-presidente substituto da ANA, Oscar Cordeiro Netto, lembrou que a medida visava a evitar riscos maiores ao abastecimento em São Paulo. A vazão média de captação no Jaguari será de 5,13 metros cúbicos por segundo.
A Sabesp informou que, com as poucas chuvas deste ano, o bombeamento de água do reservatorio Jaguari para o reservatório Atibainha dá mais segurança hídrica às regiões metropolitanas da capital e de Campinas.
Ainda segundo a companhia, o período chuvoso ainda está no início, e a projeção aponta níveis satisfatórios dos reservatórios da Grande São Paulo, “com as perspectivas de chuvas do final da primavera e início do verão, quando a situação será reavaliada”.
Interligação das represas do Jaguari e Atibainha- Foto: Sabesp.