Em um momento de inflação e dificuldades econômicas, a Petrobras anunciou, nesta terça-feira, 9 de julho, aumentos significativos nos preços da gasolina e do gás de cozinha, afetando diretamente o bolso dos brasileiros. Este é o primeiro reajuste da gasolina em 2024, o que acentua ainda mais o cenário de instabilidade para os consumidores.

Desde o último reajuste em 21 de outubro do ano passado, que foi uma redução, a expectativa era de um controle mais rigoroso nos preços. No entanto, a Petrobras optou por elevar o preço da gasolina A, vendida das refinarias para as distribuidoras, para uma média de R$ 3,01 por litro, um aumento de R$ 0,20 por litro. Com isso, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor final subiu para R$ 2,20 por litro, uma alta de R$ 0,15, quando se considera a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro.

O impacto não se restringe apenas aos motoristas. O gás de cozinha, essencial para milhões de lares, não sofria reajustes desde julho de 2023. Agora, com um aumento de quase 10%, o botijão de gás de 13 kg passou de R$ 31,60 para R$ 34,70, um acréscimo de R$ 3,10. Essa elevação nos preços pressiona ainda mais o orçamento das famílias, especialmente as de baixa renda, que já enfrentam dificuldades para fechar as contas no fim do mês.

Apesar dessas elevações, o preço do diesel permanece inalterado, custando R$ 4,05 por litro nas refinarias. A decisão de não reajustar o diesel pode ser vista como uma tentativa de minimizar críticas, mas não alivia o impacto negativo causado pelo aumento da gasolina e do gás de cozinha.

Esses aumentos trazem à tona questionamentos sobre a política de preços da Petrobras e a sensibilidade da empresa às dificuldades econômicas enfrentadas pela população. Enquanto a estatal busca justificar os reajustes com base em custos operacionais e variações do mercado internacional, os consumidores brasileiros são os que pagam o preço final, vendo seus orçamentos cada vez mais comprimidos.