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Enquanto milhões de brasileiros sofrem com reajustes abusivos e negativas de cobertura, as operadoras de planos de saúde comemoram um lucro recorde. De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o setor acumulou um lucro líquido de R$ 11,1 bilhões em 2024, um crescimento exorbitante de 271% em relação ao ano anterior.
O montante bilionário superou a soma dos lucros obtidos nos três anos anteriores (2021, 2022 e 2023), evidenciando que, apesar das constantes reclamações dos consumidores, as operadoras seguem aumentando seus ganhos. A ANS também revelou que esse valor corresponde a 3,16% da receita total do setor no ano passado, que atingiu impressionantes R$ 350 bilhões. Na prática, significa que, a cada R$ 100 pagos pelos clientes, R$ 3,16 foram convertidos em lucro para as empresas.
Enquanto isso, os usuários convivem com um cenário de planos cada vez mais caros e restrições crescentes. O índice de sinistralidade – que indica o percentual da receita usado para cobrir despesas médicas – caiu para 82,2% no último trimestre de 2024, a menor taxa desde 2018. Isso significa que as operadoras gastaram menos com a saúde dos beneficiários, enquanto aumentavam suas margens de lucro.
A disparidade entre os ganhos das empresas e a qualidade dos serviços oferecidos tem sido alvo de críticas de especialistas e órgãos de defesa do consumidor. Muitos clientes relatam dificuldades para conseguir autorizações de exames e cirurgias, além de enfrentarem reajustes considerados abusivos.
Com um mercado altamente lucrativo e um sistema regulatório frequentemente questionado, a dúvida que permanece é: até quando os usuários de planos de saúde pagarão cada vez mais para receber cada vez menos?