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O ovo, antes considerado um dos alimentos mais acessíveis para o brasileiro, está se tornando artigo de luxo. Nos últimos meses, o preço do produto explodiu nos supermercados, e a população se pergunta: por que algo tão básico está tão caro?
De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a alta nos preços não é pontual. Desde janeiro, o valor da dúzia de ovos tem sofrido aumentos sucessivos, chegando a disparar 40% em algumas regiões do país. Os motivos para essa escalada são diversos: aumento na demanda, especialmente durante a Quaresma, custos de produção mais altos e condições climáticas adversas que impactaram a produtividade das galinhas poedeiras.
Os produtores apontam que o custo da ração, da energia elétrica e do transporte tem pressionado o setor. Mas a grande questão é: até que ponto esses aumentos justificam os valores abusivos praticados no varejo? Especialistas alertam que, além dos fatores de produção, pode haver especulação e repasses excessivos por parte dos supermercados e intermediários.
O reflexo disso pesa no bolso do consumidor, que já enfrenta a inflação em outros itens da cesta básica. Se antes o ovo era a alternativa para substituir a carne, agora até essa solução se torna inviável para muitas famílias. O Brasil, um dos maiores produtores do mundo, vive um paradoxo: produz muito, mas vende a preços inacessíveis.
A questão que fica é: até quando o consumidor brasileiro vai pagar essa conta sem respostas concretas e soluções eficazes?