O Vaticano confirmou, na tarde desta segunda-feira, a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. O boletim médico divulgado pela Santa Sé informa que o quadro de saúde do pontífice foi agravado por uma pneumonia nos dois pulmões, além de hipertensão e diabetes tipo 2.

Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, estava em tratamento domiciliar após mais de um mês de internação. Mesmo com a alta hospitalar, seu estado de saúde ainda inspirava cuidados constantes.

Argentino de Buenos Aires, foi eleito papa em 2013, tornando-se o primeiro pontífice latino-americano da história da Igreja Católica. Uma de suas primeiras viagens internacionais foi justamente ao Brasil, durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro.

Conhecido por sua postura progressista e empática, Francisco não se esquivava de temas sensíveis dentro da Igreja. Em um de seus pronunciamentos mais marcantes, defendeu que pessoas homossexuais são filhos de Deus e têm direito a uma família.

A escolha do nome Francisco foi inspirada no conselho do cardeal brasileiro Cláudio Hummes, que, logo após o conclave, o abraçou e pediu: “Não se esqueça dos pobres”. O pontífice levou o pedido a sério e marcou seu papado por gestos de humildade, como trocar o tradicional papa móvel por carros populares, incluindo um Fiat Idea utilizado no Brasil.

Defensor do meio ambiente, Francisco foi o primeiro papa a participar de uma Cúpula do Clima da ONU. Em sua encíclica Laudato Si’, alertou sobre os impactos das mudanças climáticas, especialmente sobre os mais pobres.

O funeral do pontífice deve ocorrer entre sexta-feira e domingo, com cerimônias previstas no Vaticano. O mundo se despede de um líder espiritual que buscou renovar a Igreja com mensagens de inclusão, simplicidade e compaixão.