Um vídeo que circula nas redes sociais revoltou moradores de São José dos Campos. Nas imagens, alunas de uma faculdade de Medicina aparecem jogando paciência em um computador dentro da área de Pediatria, no Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, na Vila Industrial. Em um setor onde crianças precisam de atenção, silêncio e responsabilidade, o flagrante gerou críticas e questionamentos sobre ética e respeito ao ambiente hospitalar.

O que mais indignou internautas não foi apenas o jogo em horário de estágio, mas o local onde isso aconteceu: um setor sensível, onde pacientes e famílias enfrentam momentos de fragilidade, dor e ansiedade. Muitos usuários nas redes questionaram: “Se elas fazem isso na Pediatria, o que esperar quando forem médicas?”

Após a repercussão negativa, o hospital divulgou nota afirmando que não tolera condutas incompatíveis com o ambiente hospitalar, principalmente em áreas como a Pediatria. No comunicado, a unidade reforçou que funciona como campo de estágio para faculdades da cidade, e que os alunos estão sempre sob supervisão de profissionais contratados pelas instituições de ensino.

A direção esclareceu ainda que os estudantes não têm responsabilidade direta sobre pacientes e realizam apenas atividades observacionais. Segundo o hospital, a apuração preliminar constatou que o episódio ocorreu durante o horário de descanso, sem prejuízo ao atendimento e sem registro de reclamações.

Mesmo assim, diante da repercussão e do conteúdo do vídeo, a administração garantiu que adotou medidas imediatas, notificando a faculdade responsável e exigindo providências rigorosas condizentes com a gravidade da situação. O hospital reafirmou compromisso com a ética, disciplina e respeito aos pacientes.

O nome da instituição de ensino e a identidade das alunas não foram divulgados. O espaço permanece aberto para manifestação tanto da faculdade quanto das estudantes envolvidas.

🔴 Não é “apenas um jogo”. Em um ambiente de cuidado e sofrimento, a postura de futuros profissionais da saúde deve refletir responsabilidade e humanização. A sociedade cobra respostas, respeito e postura à altura de quem escolheu salvar vidas.