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O sistema de seguridade social brasileiro dá sinais claros de esgotamento. O número de pedidos de benefícios no INSS atingiu a marca alarmante de 2,678 milhões em abril de 2025 — praticamente o dobro do registrado no mesmo mês de 2024, quando a fila somava 1,4 milhão de solicitações. A alta é de 91% em apenas um ano.
Mesmo com uma leve queda em relação a março, quando havia 2,707 milhões de pedidos aguardando análise, o quadro continua crítico e escancara a dificuldade do governo em enfrentar um problema que se arrasta há anos.
Auxílio-doença, benefícios assistenciais e aposentadorias lideram a lista das solicitações mais comuns, expondo não só o envelhecimento da população, mas também o aumento da vulnerabilidade social e das dificuldades econômicas que empurram milhões para a dependência dos benefícios públicos.
Em resposta, o governo decidiu retomar o pagamento de bônus aos servidores do INSS, na tentativa de acelerar a análise dos processos. Pelo modelo, quem ultrapassar a meta mensal pode receber R$ 68 por tarefa extra, podendo somar até R$ 17 mil em bônus além do salário.
A medida, porém, soa mais como um paliativo do que uma solução definitiva. Especialistas apontam que o problema é estrutural, fruto de anos de cortes, falta de concursos públicos e digitalização sem acompanhamento adequado, que penaliza justamente quem mais precisa — os idosos, os doentes e os mais pobres.
Enquanto isso, a fila cresce, o tempo de espera se arrasta e milhares de brasileiros seguem à espera do que, na prática, deveria ser um direito garantido.