A 46ª edição da tradicional Festa do Trabalhador será realizada nesta quinta-feira, 1º de maio, no bairro Parque Novo Horizonte, zona leste de São José dos Campos. O evento, que teve origem em 1979 por iniciativa dos próprios moradores da comunidade, se consolidou como uma das celebrações mais marcantes do calendário popular da cidade.

Ao longo de sua história, a festa passou por transformações. Nos anos 1990, chegou ao auge com quatro dias de festividades, incluindo shows de artistas consagrados da música nacional. Com o tempo, a Prefeitura assumiu a organização e manteve viva a essência do evento: celebrar o trabalhador com cultura, lazer e um prato cheio de solidariedade — literalmente.

A programação começa às 8h30 com uma missa na Paróquia Coração Eucarístico de Jesus, localizada na Praça 1º de Maio. Em seguida, às 10h, a Rua de Lazer será aberta ao público com seis horas de recreação, oferecendo pipoca, algodão-doce, brincadeiras infantis e jogos culturais gratuitos.

Mas o grande destaque do evento continua sendo a famosa macarronada com molho à bolonhesa, servida gratuitamente ao público. A receita, criada por Dona Abina — moradora pioneira e figura querida na comunidade —, tornou-se símbolo da festa. Foi ela quem, nos primeiros anos, preparava pessoalmente o prato e depois passou a ensinar o modo de preparo às cozinheiras voluntárias, que seguem fielmente suas orientações até hoje.

A macarronada será distribuída a partir das 12h na Escola Estadual Professor Dorival Monteiro, na Rua dos Pedreiros, 367. A expectativa é atender cerca de 10 mil pessoas. A preparação começa na noite anterior, às 20h, com um mutirão de voluntários e servidores que se revezam durante a madrugada na cozinha improvisada.

A receita da edição deste ano impressiona pelos números: serão usados 1 tonelada de macarrão, 600 kg de extrato de tomate, 500 kg de carne moída e dezenas de quilos de temperos e ingredientes. Tudo feito com carinho e dedicação por quem acredita na força do trabalho e da união comunitária.

A Festa do Trabalhador de São José dos Campos é mais do que uma celebração: é um exemplo de resistência cultural, valorização das raízes e homenagem ao esforço coletivo que constrói o dia a dia da cidade.