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O Ministério da Educação anunciou que vai pagar R$ 200 mensais, durante seis meses, para alunos de cursinhos populares. A proposta é evitar a evasão de estudantes de baixa renda na preparação para o Enem e outros vestibulares. Embora a iniciativa tenha um viés social, a medida reacende o debate sobre o aumento desenfreado dos benefícios concedidos pelo governo.
O programa faz parte da Rede Nacional de Cursinhos Populares, que, além do auxílio direto aos alunos, prevê repasses de até R$ 163,2 mil por cursinho credenciado. Mais de 350 instituições já foram aprovadas e estão na fase final de seleção.
O público-alvo são alunos de escolas públicas, famílias de baixa renda, pessoas com deficiência, indígenas, negros e quilombolas. Na prática, a proposta amplia o alcance dos recursos públicos para mais um segmento da população.
Especialistas alertam que, embora o apoio à educação seja fundamental, o modelo de auxílio financeiro vem se multiplicando em diversas frentes, o que gera preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do país. “Toda política pública precisa ser acompanhada de responsabilidade orçamentária. O que estamos vendo é uma sequência de repasses sem critérios claros de acompanhamento de resultados”, alerta o economista Gustavo Martins.
Críticos questionam se não seria mais eficiente investir diretamente na melhoria das escolas públicas, em vez de criar sucessivas linhas de auxílio. Para eles, o excesso de benefícios, ainda que bem-intencionado, pode gerar uma cultura de dependência, além de sobrecarregar os cofres públicos.
Enquanto isso, o governo segue apostando na estratégia de auxílio como caminho para enfrentar desigualdades. Resta saber até quando a conta fecha — e quem, de fato, pagará por ela.