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Uma realidade preocupante foi revelada por uma pesquisa da ONG Ação da Cidadania: cerca de 32% dos entregadores de comida por aplicativo em São Paulo e no Rio de Janeiro enfrentam algum grau de insegurança alimentar — ou seja, não têm acesso garantido a alimentos em quantidade e qualidade suficientes.
O estudo mostra ainda que 13,5% desses trabalhadores convivem com insegurança alimentar moderada ou grave. No caso mais extremo, a fome atinge toda a família do entregador, o que escancara a contradição de quem passa o dia transportando refeições, mas não tem o que comer em casa.
A situação é mais grave entre os entregadores do que na média da população brasileira, onde a taxa de insegurança alimentar grave é de 9,4%. A maioria desses profissionais trabalha todos os dias da semana, com jornadas que ultrapassam nove horas diárias.
Além das dificuldades para garantir alimentação, o levantamento também aponta outros desafios: 41% já sofreram acidentes de trabalho, e 99% precisam arcar com os custos do plano de dados móveis usado para operar os aplicativos.
Os números reforçam o alerta sobre as condições precárias enfrentadas por uma categoria essencial no cotidiano das cidades, mas muitas vezes invisibilizada em seus direitos básicos.