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Apesar do estado de emergência decretado pelo Governo de São Paulo, a vacinação contra a dengue avança a passos lentos no Vale do Paraíba. Municípios como Jacareí, São José dos Campos e Taubaté enfrentam números alarmantes da doença, com centenas de casos confirmados e mortes registradas. No entanto, a adesão à vacina ainda é preocupantemente baixa, o que expõe a população a riscos desnecessários.
Em Jacareí, por exemplo, menos de 24% do público-alvo de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos recebeu a primeira dose da vacina, e apenas 37% desse grupo retornou para o reforço. São José dos Campos apresenta uma situação semelhante, com cobertura de primeira dose em apenas 23,91% do grupo prioritário e uma taxa ainda mais baixa para a segunda dose, de 9,13%.
A baixa procura pela vacina contrasta com a gravidade da situação. Somente em Jacareí, foram confirmados 485 casos positivos e quatro óbitos. São José dos Campos já registra 462 casos e um óbito. Enquanto isso, Taubaté, apesar de ser a cidade com melhor desempenho na vacinação, ainda não atingiu nem metade do público-alvo com a primeira dose.
O avanço da dengue e a baixa imunização levantam questões sobre a eficácia das campanhas de conscientização. A vacina está disponível, mas a adesão ainda é insuficiente. Será que as informações estão chegando corretamente à população? Há falhas na divulgação ou falta um esforço mais incisivo das prefeituras para incentivar a vacinação?
Ao mesmo tempo, os municípios afirmam que intensificaram as ações de combate ao mosquito, com visitas domiciliares, nebulização e campanhas de conscientização. Mas essas medidas são realmente suficientes se a vacinação — principal ferramenta de prevenção — não for tratada com a urgência necessária?
Com o aumento de casos e mortes, não há mais espaço para negligência. É fundamental que o poder público reforce as estratégias para ampliar a cobertura vacinal, incluindo campanhas mais agressivas de conscientização e facilitação do acesso às doses. Além disso, cabe à população fazer sua parte, se informando e aderindo à imunização.
A luta contra a dengue não pode ser deixada para depois. Enquanto o vírus avança, a vacina continua sendo a melhor defesa — e ignorá-la pode custar vidas.