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O café, paixão nacional e item essencial da cesta básica, está se tornando um luxo inacessível para milhões de brasileiros. Depois de uma alta de 37% no ano passado, a previsão para os próximos meses é ainda mais amarga: os preços podem disparar até 25% nos supermercados.
A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) admite que os reajustes vistos até agora não representam nem metade do aumento real dos custos. Em 2024, o preço da saca de café arábica explodiu, saltando de R$ 1.000 para R$ 2.600, um aumento de 116%. O setor culpa fatores como a alta do dólar, o crescimento da demanda e os impactos da seca no Brasil e no Vietnã, os dois maiores produtores mundiais.
Mas a pergunta que fica é: até que ponto esses aumentos são justificados? Enquanto os cafeicultores sofrem com a instabilidade climática, grandes atravessadores e exportadores seguem lucrando com a valorização internacional do grão. O consumidor final, por sua vez, amarga preços cada vez mais altos, sem perspectiva de alívio.
O café, que já foi símbolo da economia brasileira e um hábito democrático, está se tornando artigo de luxo nas prateleiras. Até quando a população pagará a conta?