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Um relatório recente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) acendeu um sinal vermelho para a saúde pública brasileira: o Brasil voltou a integrar a lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas no mundo, ocupando a 17ª posição.
A notícia preocupa especialmente porque o país havia deixado esse ranking em 2023, graças a avanços na cobertura vacinal infantil. No entanto, os dados revelam uma reversão drástica: enquanto em 2023 havia cerca de 103 mil crianças sem nenhuma dose de vacina, em 2024 esse número mais que dobrou, saltando para 229 mil.
A lista mundial continua sendo liderada pela Nigéria, seguida por Índia, Sudão e República Democrática do Congo. O Brasil aparece logo atrás da China e à frente de países como Costa do Marfim e Camarões.
De maneira geral, os números são alarmantes: mais de 14,3 milhões de crianças no planeta seguem totalmente vulneráveis a doenças que poderiam ser prevenidas com vacinas, e cerca de 5,7 milhões estão apenas parcialmente protegidas. Outro dado que chama atenção é que, no ano passado, nenhuma das 17 vacinas analisadas conseguiu atingir uma cobertura de 90% — patamar mínimo recomendado para garantir proteção coletiva.
O retrocesso preocupa especialistas e autoridades em saúde, que temem a volta de doenças já controladas no país, como sarampo e poliomielite. O levantamento reforça o alerta sobre a importância das campanhas de imunização e do combate à desinformação que afasta famílias dos postos de vacinação.