O Brasil vive uma epidemia de golpes financeiros. Em 2024, mais da metade da população caiu em algum tipo de fraude, segundo levantamento da Serasa. O que antes era um problema restrito a grupos mais vulneráveis, agora atinge todas as camadas sociais, demonstrando a ineficiência das medidas preventivas e a falta de conscientização dos consumidores.

O cenário é alarmante: 54% dos que foram enganados perderam dinheiro, e o cartão de crédito lidera o ranking de fraudes. Mesmo assim, cerca de 60% dos brasileiros ainda acreditam que ele é um meio de pagamento seguro. O que explica essa contradição?

Além disso, boletos falsos e fraudes no PIX continuam entre os golpes mais frequentes. Enquanto as instituições financeiras tentam reforçar a segurança, criminosos aperfeiçoam suas táticas, se aproveitando da ingenuidade e da falta de informação da população.

O mais preocupante é que, apesar do crescente número de vítimas, muitas pessoas continuam ignorando alertas de segurança. Ainda que 53% das tentativas de fraude tenham sido barradas, o prejuízo poderia ter chegado a R$ 51 bilhões caso todas fossem concretizadas.

A pergunta que fica é: até quando os brasileiros seguirão caindo nas mesmas armadilhas? Falta fiscalização, campanhas educativas ou simplesmente consciência do próprio risco? Enquanto não houver uma mudança de mentalidade, o país continuará refém dos golpistas.