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Apesar dos números indicarem uma desaceleração na inflação dos alimentos em maio, o alívio sentido pelo consumidor está longe de ser suficiente. Dados do IPCA-15, divulgados pelo IBGE, mostram que, embora alguns produtos tenham registrado queda, outros itens básicos seguem pesando — e muito — no orçamento das famílias.
Entre 15 de abril e 15 de maio, o grupo de alimentação e bebidas subiu 0,39%, uma alta menor que os 1,14% de abril. Produtos como tomate, arroz e frutas ficaram mais baratos, mas o impacto positivo foi rapidamente neutralizado pelo aumento expressivo de itens fundamentais no prato dos brasileiros. A batata, por exemplo, disparou 21,75% no período, enquanto a cebola ficou 6% mais cara e o café moído subiu quase 5%.
Além da pressão nos alimentos, outros custos continuam subindo. A energia elétrica voltou a pesar no orçamento com a adoção da bandeira amarela, e os medicamentos seguem refletindo o reajuste autorizado no fim de março.
Por outro lado, o setor de transportes trouxe algum alívio, com queda nas passagens aéreas e a adoção de tarifa zero nos ônibus aos domingos e feriados em algumas cidades. Mesmo assim, a inflação acumulada em 12 meses está em 5,40%, acima da meta do governo, que é de 4,5%.
O cenário evidencia que, embora os índices apontem uma desaceleração, o consumidor ainda sente pouco esse efeito no dia a dia. Afinal, quando itens essenciais como batata, cebola e café seguem em alta, o carrinho de compras continua pesado — e o alívio, distante da realidade da maioria.