Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Um dado alarmante liga o sinal de alerta para famílias, escolas e autoridades: 1 em cada 9 adolescentes brasileiros já experimentou o cigarro eletrônico, segundo estudo recente da Unifesp. O crescimento do uso desses dispositivos — também chamados de vapes ou pods — foi de 600% nos últimos seis anos, de acordo com o Instituto IPEC. E o que parece inofensivo por fora, esconde uma bomba química silenciosa.
Esses aparelhos aquecem líquidos com nicotina, solventes e aditivos tóxicos. Com sabores atrativos como “menta gelada” ou “chiclete”, os vapes enganam o paladar e criam uma dependência química rápida, principalmente em jovens com o sistema nervoso em formação.
Além da dependência, os efeitos nocivos já são bem conhecidos: tosse persistente, falta de ar, inflamações respiratórias e até quadros graves de cardiopatia, enfisema e câncer de pulmão. Nos Estados Unidos, a epidemia de Evali — doença pulmonar associada ao uso de cigarros eletrônicos — causou 13 mil internações e 68 mortes entre 2019 e 2020.
Apesar de proibidos no Brasil pela Anvisa desde 2009, os vapes continuam circulando ilegalmente, impulsionados por redes sociais, lojas clandestinas e até influenciadores digitais, que banalizam o uso e incentivam adolescentes a consumir o produto como se fosse “modinha”.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 70% dos usuários globais de vape têm entre 15 e 24 anos. O Brasil segue esse mesmo caminho preocupante, com jovens inalando produtos que podem comprometer sua saúde para o resto da vida.
Especialistas pedem ação imediata: é preciso intensificar campanhas educativas nas escolas, reforçar a fiscalização da venda clandestina e garantir acompanhamento psicológico e médico para os que já se tornaram dependentes.
O cigarro eletrônico não é brinquedo, nem moda — é uma ameaça real à saúde pública. O futuro de milhares de jovens pode estar sendo queimado, tragada após tragada.