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A Justiça de São Paulo determinou que 75% dos servidores da FUSAM (Fundação de Saúde e Assistência do Município de Caçapava) permaneçam em atividade durante a greve iniciada nesta segunda-feira (3). A decisão, assinada pelo desembargador Beretta da Silveira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), atendeu parcialmente a um pedido da Prefeitura de Caçapava.
A paralisação dos funcionários foi motivada pela suspensão das refeições fornecidas dentro do hospital, medida tomada pela Prefeitura após recomendação do Ministério Público, que apontou irregularidade no pagamento simultâneo de vale-alimentação e alimentação no local de trabalho.
Na decisão liminar, o magistrado destacou que a FUSAM presta serviços hospitalares essenciais e que a paralisação total poderia causar “dano irreparável ou de difícil reparação à população” atendida pela fundação — incluindo moradores de Caçapava e Jambeiro, que dependem dos serviços hospitalares regionais.
A Justiça determinou que 75% dos trabalhadores permaneçam em atividade, sob pena de multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento.
O Sindicato da categoria lamentou a situação e afirmou que o corte da alimentação foi feito de forma “arbitrária e sem diálogo”, prejudicando centenas de servidores que cumprem longas jornadas dentro da unidade hospitalar. A entidade cobrou da Prefeitura de Caçapava uma solução urgente e abertura de negociação, lembrando que o direito à refeição no local era previsto em acordos anteriores e fundamental para a rotina dos profissionais.
Segundo o Sindicato, a decisão da Prefeitura em suspender o fornecimento de refeições afeta diretamente as condições de trabalho e pode refletir no atendimento aos pacientes de Jambeiro e região, que dependem da estrutura da FUSAM para consultas, internações e emergências.
O movimento grevista prossegue parcialmente, com audiência de conciliação marcada para a próxima quinta-feira (6), às 16h, entre representantes do Sindicato e da FUSAM, com mediação da Justiça.
O Sindicato reforça apoio aos servidores e destaca que o objetivo do movimento é garantir condições dignas de trabalho e qualidade no atendimento à população, defendendo que “respeitar o trabalhador da saúde é também respeitar o paciente”.