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O Brasil protagonizou nesta sexta-feira (26) um dos episódios mais constrangedores de sua diplomacia recente ao abandonar o plenário da ONU no momento em que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, subiu à tribuna para discursar no Debate Geral da Assembleia-Geral das Nações Unidas. A cena, transmitida para o mundo inteiro, mostrou cadeiras vazias onde deveriam estar representantes de um país que preza pela paz e pelo diálogo, mas que preferiu o gesto político à coerência moral.
Enquanto delegações de dezenas de nações deixavam o salão em protesto, o líder israelense foi aplaudido por parte dos presentes e reiterou o compromisso de seu país em combater o terrorismo e defender o direito de existir de Israel, um Estado democrático cercado por inimigos e alvo constante de ataques. Netanyahu lembrou ainda dos reféns mantidos em Gaza desde os ataques de 7 de outubro de 2023, que deixaram o mundo chocado pela brutalidade do grupo extremista Hamas.
A atitude da delegação brasileira, orientada pelo governo Lula, é vista por analistas internacionais como um erro diplomático grave. Em vez de adotar uma posição equilibrada, o Brasil reforçou um discurso ideológico e parcial, que ignora a complexidade do conflito e relativiza a violência de grupos terroristas. O gesto de se retirar do plenário não contribui para a paz — apenas fragiliza a imagem do país diante das democracias ocidentais e reforça a aproximação com regimes autoritários e movimentos extremistas.
Netanyahu, em seu discurso firme e direto, rejeitou as acusações de genocídio, destacando que Israel tem emitido ordens constantes para retirada de civis em áreas de conflito e que o verdadeiro alvo de suas operações é o terrorismo armado que se esconde entre inocentes. “Nenhum país pode aceitar viver sob a ameaça de grupos que pregam sua destruição”, afirmou o premiê.
Enquanto isso, o governo brasileiro parece mais preocupado em agradar aliados ideológicos do que em condenar o terrorismo. A omissão diante da dor das vítimas israelenses e da escalada de violência promovida pelo Hamas enfraquece o papel histórico do Brasil como mediador e defensor do diálogo.
A ausência do Brasil no momento do discurso de Netanyahu foi simbólica: um país que já foi referência de equilíbrio e respeito internacional agora se esvazia — literal e moralmente — diante dos olhos do mundo.
Em vez de defender princípios universais como liberdade, soberania e o direito de defesa, o atual governo prefere gestos de protesto que soam mais como apoio indireto ao terrorismo do que como compromisso com a paz. Uma cena lamentável, que mancha a imagem diplomática brasileira e distancia o país das nações que lutam, diariamente, contra o extremismo e pela sobrevivência da democracia.