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O que era para ser um projeto de mobilidade inovador em São José dos Campos vem se transformando em sinônimo de atraso, aumento de custos e frustração para a população. A elaboração do projeto executivo da segunda fase da Linha Verde, que deveria ter sido concluída em dezembro de 2023, sofreu sua sexta prorrogação e agora só deve ficar pronta — se não houver mais surpresas — em 30 de junho de 2025, acumulando 19 meses de atraso.
Além do tempo perdido, o bolso do contribuinte também sente o impacto. O contrato, inicialmente firmado em R$ 2,138 milhões, já sofreu dois reajustes e agora chega a R$ 2,425 milhões, sem que uma única máquina de obra tenha sido ligada.
A Prefeitura justifica os sucessivos adiamentos com argumentos técnicos, como interferências nas redes das concessionárias, desníveis no terreno e até a expansão da Via Dutra. Mas a pergunta que não quer calar é: essas variáveis não deveriam ter sido previstas desde o início, por uma gestão que se diz moderna, eficiente e comprometida com a cidade?
Enquanto isso, os moradores aguardam uma obra que promete desafogar o trânsito e melhorar a mobilidade, mas que, até agora, tem se destacado mais pelos atrasos do que pelos resultados. E o roteiro parece se repetir: a primeira fase da Linha Verde, entregue com 14 meses de atraso, custou R$ 193 milhões, muito acima do orçamento inicial.
A promessa da segunda fase, orçada em impressionantes R$ 350 milhões, parece cada vez mais uma novela de capítulos intermináveis, onde os custos sobem, os prazos estouram e as soluções não saem do papel.
A população, que depende de soluções reais e urgentes para se locomover, observa, indignada, uma gestão pública que, mais uma vez, entrega promessas em vez de resultados concretos. Fica a dúvida: quanto tempo mais a cidade vai pagar a conta da ineficiência?