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A pandemia do coronavírus age de maneira não linear no Vale do Paraíba, com ondas de contaminação em determinadas localidades antes de outras.
O mesmo tem ocorrido após a segunda onda de disseminação da doença, entre abril e junho, com a região acumulando os primeiros 35 dias de queda sustentada dos indicadores da pandemia desde setembro e outubro do ano passado.
Mas essa queda não ocorre de forma igual nas cinco sub-regiões do Vale.
Sabe-se que a sub-região de São José dos Campos, que abriga oito cidades, entre elas as principais que são São José dos Campos, Jacareí, Jambeiro e Caçapava, é a principal dispersora do vírus por toda a região.
Esse grupo e as sub-regiões de Guaratinguetá e do Litoral Norte registram taxa de crescimento do número de novos casos de Covid-19 abaixo de 1% na primeira semana de agosto, comparado ao período anterior.
A região de Guaratinguetá anota 0,84% de alta nos casos, a do Litoral tem 0,86% e a de São José dos Campos, 0,9%.
É a primeira vez desde a onda inicial da Covid-19 no Vale, em julho do ano passado, que três sub-regiões registram aumento percentual abaixo de 1% numa mesma semana. Para se ter ideia, esse indicador já beirou os 30% em 2020, na primeira onda de contaminação.
As sub-regiões de Taubaté e Cruzeiro lideram neste indicador, com 1,22% de aumento semanal em ambas. Lembrando que a cidade de Taubaté também é um grande centro dispersor do vírus pela região.
MORTES NA REGIÃO
Formada por oito cidades do Vale Histórico, Cruzeiro é a sub-região com os indicadores mais altos do Vale.
Além de 1,22% de aumento nos casos confirmados, o índice de novas mortes cresceu 3,4% em uma semana, disparado a maior taxa do Vale.
Antes dela, por exemplo, a sub-região de Guaratinguetá, que congrega nove cidades do Vale da Fé, aparece com 1,38% de crescimento na quantidade de novos óbitos por Covid-19, menos da metade do indicador de Cruzeiro.
Mesmo assim, os números são considerados mais baixos agora do que em meses anteriores, o que comprova o esforço das cidades em aumentar a vacinação na região do Vale Histórico.
“Se compararmos o mês de abril, quando a pandemia apresentava seu momento mais preocupante, com o mês de julho, vemos redução de mais de 77% nos óbitos registrados”, informou Imaculada Magalhães, secretária de Saúde de Cruzeiro.
“E a redução só é possível graças à adesão da população e o esforço conjunto da Secretaria de Saúde, que não para [de vacinar] nem nos fins de semana e nos feriados.”
AS SUB-REGIÕES
A sub-região de São José dos Campos registra aumento de 1,01% no total de novas mortes por Covid confirmadas no intervalo de sete dias. Taubaté vem atrás com 0,8% para a sub-região, um pouco maior do que o índice no Litoral Norte, que foi de 0,38%.
Também é a primeira vez desde julho do ano passado em que duas sub-regiões têm percentual abaixo de 1% na taxa de crescimento de mortes em uma semana. Mantida essa tendência, as próximas semanas devem ser de redução nesse indicador.
FLEXIBILIZAÇÃO
O desafio é manter a queda sustentada de casos, internações e mortes em todas as sub-regiões do Vale com a maior flexibilização das regras do Plano São Paulo a partir de 17 de agosto, quando não haverá mais limite de capacidade nas atividades.
Será o mais próximo da normalidade que o estado chegará desde a primeira quarentena, em março de 2020.
Segundo o médico João Gabbardo, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo, a abertura foi “pensada e planejada” e a flexibilização ocorrerá depois que a população adulta do estado “tiver recebido a primeira dose do imunizante”
Gabbardo disse que São Paulo não vai reproduzir os mesmos erros cometidos pelos Estados Unidos e no Reino Unido. Segundo ele, esses países começaram a reduzir as restrições quando pouco mais da metade da população havia recebido a primeira dose da vacina.
“O uso da máscara em São Paulo vai continuar sendo obrigatório. A proibição para aglomerações vai continuar acontecendo. Então, no que eles retrocederam, aqui não tem sentido, porque isso continua sendo proibido”, afirmou.